Força dos ventos no metrô de SP pode virar energia

Desde 2016, apenas 57 grandes empresas são responsáveis por 80% das emissões globais. O início deste ano trouxe uma movimentação significativa no setor de energia, com a abertura do mercado livre para consumidores de média e baixa tensão. Este movimento atraiu grandes bancos e gestoras, que agora buscam expandir sua atuação na comercialização de eletricidade, uma das poucas áreas da cadeia energética aberta à concorrência.

Até janeiro, somente consumidores com uma demanda contratada superior a 500 quilowatts podiam negociar energia no mercado livre. No entanto, essa regra foi ajustada para incluir todos os consumidores conectados em tensão acima de 2,3 quilovolt, o que abriu espaço para empresas de menor porte, como pequenas indústrias, comércios e supermercados.

A portaria do Ministério de Minas e Energia que regulamentou essa abertura determina que consumidores com demanda inferior a 500 quilowatts devem ser representados por comercializadoras "varejistas" na câmara de comercialização de energia, indicando uma tendência crescente para o mercado de varejo nesse setor.

Embora parte da cadeia energética seja dominada por monopólios naturais, como nas redes de distribuição e transmissão, a comercialização oferece espaço para a competição. Empresas do setor financeiro, como a gestora Pátria, têm fundado empresas de comercialização, reconhecendo o potencial desse mercado. 

A dinâmica de relacionamento e aquisição de clientes estão mudando à medida que surgem mais oportunidades. Grandes bancos e empresas do setor elétrico estão adaptando suas estratégias para atrair pequenas e médias empresas.

Empresas como a Tyr Energia, da Mercúrio Partners, estão focadas em oferecer produtos e serviços para o mercado de varejo, antecipando as regulamentações e educando os clientes sobre as vantagens do mercado livre. Essas empresas buscam ser o ponto de confiança para os consumidores nesse mercado em crescimento, associando produtos digitais e oferecendo conteúdos educativos. Parcerias comerciais com representantes locais são uma estratégia para competir com os grandes atacadistas e empresas estabelecidas do setor elétrico.

Fonte: ClimaInfo

 

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